terça-feira, 8 de maio de 2007

Resíduos de mecânica e postos continuam poluindo

A poluição está cada vez mais grave nos rios e córregos de Dourados. Um dos motivos está associado aos resíduos que mecânicas e postos de gasolina liberam nas bocas de lobo e que acabam caindo na rede de água pluvial. Em conseqüência, substâncias químicas são levadas para o interior dos rios. Camadas de óleo já são visíveis em pontos diversos do córrego Rego D’água. Um exemplo está no interior do Parque Arnulpho Fioravante.
A água e peixes estão dando lugar ao óleo das empresas. A maior dificuldade é conscientizer os empresários a fazerem as manutenções em caixas de óleo, segundo oI nstituto do Meio Ambiente em Dourados ( Iman).Em fevereiro deste ano uma pesquisa do Imam revelou que 80% das oficinas e postos de gasolina estavem irregulares. De lá para cá este percentual foi mantido, segundo o fiscal Divaldo Machado. Conforme ele, um simples investimento poderia resolver o impasse. Os comerciantes devem instalar uma caixa de decantação, que deve passar por manutenções e limpezas freqüentes. O custo da obra não ultrapassa R$ 600.
Outra ação é manter limpa esta caixa fazendo uma manutenção mensal.A caixa, segundo Machado serve para reter o material mais pesado, que é conduzido pela água da lavagem de carros. Ela separa o óleo e as graxas, que tendem a flutuar e podem ser retiradas do esgoto através de uma tubulação.
O fiscal adianta que na próxima semana o Imam deve intensificar com rigor os trabalhos de fiscalização em todos os estabelecimentos do setor. "Vamos notificar as empresas irregulares e cobrar providências imediatas, já que peixes e toda a biodiversidade dos rios estão sendo comprometidos. Caso não haja resultado nas orientações, o jeito vai ser atingir o bolso do responsável. A manutenção nas caixas também será cobrada", disse.O valor das multas, segundo Dvaldo, varia entre R$ 50 e R$ 20 mil, dependendo do grau de contaminação.
Em casos de reincidência o processo será encaminhado ao Ministério Público Estadual. Uma pesquisa da Associação do compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre), mostra que apenas um litro de óleo é capaz de esgotar o oxigênio de 1 milhão de litros de água, formando, em poucos dias, uma fina camada sobre uma superfície de 1.000 m2, o que bloqueia a passagem de ar e luz, impedindo a respiração e a fotossíntese. (Valéria Araújo)

Casamentos diminuem 40% em maio

Faz muito tempo que o "mês das noivas" deixou de ser maio. A cada ano o mês perde mais espaço para dezembro, época das férias e do 13º salário. A dois dias para o início de maio apenas 45 casamentos foram agendados. Levando em conta que as cerimônias devem ser marcadas com no mínimo 30 dias de antecedência, a noiva que quiser casar no mês que se aproxima precisa correr contra o tempo. Em maio do ano passado foram 75 enlaces matrimoniais contra 45 este ano.

A redução de casamentos foi de 40%. As razões são muitas para escolher dezembro como mês ideal para o casamento. Um dos fatores, segundo empresários do ramo é a economia. Com o matrimônio realizado no fim do ano as roupas de festas podem ser utilizadas em ambos eventos, principalmente por padrinhos e convidados. A cidade está iluminada, tudo parece ser mais bonito e as liquidações de móveis e eletrodomésticos, promovida pelo comércio, garantem a compra de produtos bons a custos que cabem no bolso.

Em dezembro do ano passado foram 131 casamentos, 56 a mais que no mês de maio. Para a publicitária Erô Bueno, maio "não tem tanta importância assim". Casada há 16 anos, a publicitária preferiu casar-se no dia 27 de fevereiro, em homenagem ao aniversário do esposo. "Além de frio, em maio os preços de produtos para casamento aumenta, numa proporção gigantesca", observa.Com relação aos primeiros meses do ano o movimento no cartório aumentou.

A escriturária do cartório 2º ofício, Selma Marcondes Marques, lembra que o dia 13 de maio ainda está sendo o dia mais procurado pelos "pombinhos". Há uma série de custos a serem computados numa cerimônia de casamento. No cartório é necessário pagar R$ 285 para dar entrada nos documentos. Se o casal quer cerimônia na igreja, há custos para a celebração. Para as cerimônias e para a festa são muitos os detalhes e os valores, partindo do aluguel do vestido de noiva, que varia entre R$ 200 e R$ 1,2 mil. Modelo exclusivo sobe este custo para até R$ 3 mil.
Pela primeira vez em Dourados o cartório participa do projeto "Ação Global", promovido por instituições de ensino. Além da expedição de documentos gratuitos, cerca de 50 noivos de baixa renda vão casar-se sem custo, conforme ampara o artigo 1512 do Novo Código Civil. A ação acontece entre os dias 10 e 11 de maio. O intervalo entre um casamento e outro é de cinco minutos. Após o casamento civil os noivos fazem uma cerimônia, com direito a fotos e filmagens na escola Weimar Gonçalves Torres. (Valéria Araújo)